domingo, 24 de outubro de 2010

Fungo exerce "controle mental" em formiga há 48 milhões de anos

Pessoal da terceira fase, olha os fungos aí apavorando...
Folha.com - Ciência.

A formiga carpinteira (Camponotus leonardi) ilustrada na foto abaixo foi infectada e morta por um bizarro fungo "controlador de mentes".

David Hughes/Universidade Harvard


Antes de morrer, a formiga cravou suas presas em uma folha localizada a 25 centímetros acima do solo na Tailândia.

O assassino é o fungo Ophiocordyceps unilateralis, cuja haste marrom-avermelhada pode ser vista saindo da nuca do inseto.

O fungo invadiu o corpo da formiga e passou a manipular seu comportamento.

A posição da invasão e da morte induzida do inseto é ideal para a liberação e disseminação dos esporos ("sementes") do fungo.

FÓSSIL

Ao que parece, esse controle mental parasítico ocorre há pelo menos 48 milhões de anos.

David Hughes, da Universidade Harvard, e colegas descobriram folhas fossilizadas desse período contendo cicatrizes características da "pegada mortal" das formigas, induzida pelo "controle mental" exercido pelo fungo.

É a primeira vez que esse tipo de controle comportamental foi descoberto em um fóssil.

O achado apoia a ideia de que formigas e fungos têm se enfrentado numa corrida armamentista evolucionária há milhões de anos.

A descoberta foi descrita no periódico "Biology Letters".

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Fotografias tiradas por microscópios revelam beleza por trás da ciência

Da Folha Ciência

O concurso internacional de fotografias tiradas por microscópios Nikon Small World celebra a beleza por trás da ciência. Em sua 36ª edição, a competição recebeu mais de 2.200 fotografias de vários países --Brasil incluso.
Alevino de Truta (peixe)

Ao todo, 120 fotos foram selecionadas e agora os internautas são convidados a escolher sua favorita pela internet.

Todos os vencedores serão anunciados em 13 de outubro.

As fotografias são avaliadas de acordo com originalidade, conteúdo de informação, proficiência técnica e impacto visual e incluem imagens que vão desde compostos químicos até espécies biológicas.

As imagens vencedoras vão ilustrar um calendário e serão exibidas em museus nos Estados Unidos.

Clique
aqui para ir ao site e votar! Tem fotos lindas pessoal!

Humanos podem ter implante como Wolverine, mas de espuma de titânio

Da folha Ciência
Wolverine não será o único a ter metais fundidos no corpo se uma espuma feita de titânio for eficaz substituindo ou fortalecendo ossos humanos.

Embora não haja rejeição pelo corpo, o implante feito atualmente com materiais sólidos, geralmente o titânio, é mais duro que o osso.

Isso significa que pode acabar arcando com o peso de um dos ossos ao redor, o que poderia levar a uma deterioração do osso e a uma troca do implante, explica Peter Quadbeck, do Instituto de Pesquisa Fraunhofer de Manufatura Tecnológica e Materiais Avançados de Dresden, na Alemanha.

Quadbeck e seu grupo desenvolveram um implante de titânio cuja estrutura se assemelha a uma espuma, inspirada no fato de os ossos serem naturalmente esponjosos.

Como a espuma é porosa, o osso poderia crescer ao redor e dentro dele, verdadeiramente se integrando ao esqueleto humano. Os pesquisadores também descobriram que a espuma de titânio responde melhor ao osso do que os metais sólidos em termos de flexibilidade, além de encorajar a recomposição do mesmo.

Ainda sem aprovação para o uso em seres humanos, Quadbeck está trabalhando com médicos para explorar quais tratamentos em que o material poderia ser usado.
É o ser humano manipulando e inventando a natureza...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ainda estudos sobre HIV...

Pessoal, vejam que interessante!

Como pode, e realmente ocorre, de até mesmo nos estudos científicos prevalecerem os preconceitos e discriminações:

Fonte: Folha.com

Estudos sobre Aids esquecem subtipos de HIV de países pobres

A resposta ao tratamento da Aids depende da variante do vírus que causa a infecção e das características genéticas do próprio paciente. Mas os estudos sobre a doença estão focados apenas nos genes das pessoas e dos subtipos de HIV de países ricos.
"A maioria dos estudos feitos com design de drogas anti-HIV hoje é para o subtipo B. Mas diferentes subtipos do vírus HIV têm comportamentos distintos em relação ao coquetel de drogas", explica o biólogo Marcelo Alves Soares, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).


Os subtipos "não-B" são os que prevalecem em todo mundo. "Agora, estão se espalhando para os países desenvolvidos", afirma ele.

O Brasil também é afetado. Há um aumento da incidência de vírus tipo C, principalmente no Rio Grande do Sul.

Os cientistas têm tentado entender como a ascendência, o sexo e outros fatores genéticos dos portadores de Aids podem afetar a sua resposta à medicação.

Novamente, predominam estudos sobre a população europeia e masculina. "É preciso incluir afrodescendentes e mulheres", diz a farmacêutica Vanessa Mattevi, da UFCSPA (Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre).

Ela estuda cerca de 600 pacientes para avaliar a predisposição genética para a lipoatrofia, efeito colateral da medicação anti-HIV que leva à perda de gordura no corpo.

Mattevi notou que fatores como idade (adulta) e origem (europeia) são importantes na origem do problema.

Será que podemos dizer que a Ciência é neutra, objetiva e imparcial?

Deem sua opinião...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Contra antibiótico, bactéria resistente ajuda as indefesas: Segunda e Terceira Fases

Ricardo Mioto (Folha.com - Ciência)

Na natureza, há atos de simpatia entre vizinhos bem mais fortes do que segurar a porta do elevador: quando uma colônia de bactérias é atacada por um antibiótico, descobriram os cientistas, as mais fortes protegem as mais fracas que vivem do lado.

Fazem isso liberando uma substância chamada indol, que fortalece a defesa molecular das bactérias vizinhas que iriam morrer. Grosso modo, o indol age como um soro para as bactérias.
Trata-se de um ato "nobre" das bactérias fortes, porque a energia gasta com isso poderia estar sendo utilizada de maneira mais egoísta.

"Elas não crescem tão bem quanto poderiam, porque estão produzindo indol para todo mundo", diz James Collins, engenheiro biomédico da Universidade de Boston (EUA), autor do estudo publicado na revista "Nature".

"Todo mundo" não é exagero. Os cientistas perceberam que umas poucas bactérias resistentes, que chegam a representar menos de 1% da população, podem ser responsáveis pela sobrevivência de boa parte da colônia.

O método utilizado por Collins foi bem simples: dar antibióticos como norfloxacina e gentamicina a colônias de Escherichia coli, um tipo bem comum de bactéria, e ver o que acontece.

O altruísmo não se deve só ao bom coração das bactérias. Se as mais fortes não estivessem nem aí com a morte das vizinhas, a população poderia ser reduzida a um nível crítico, o que facilitaria um contra-ataque do organismo contra os micróbios.

E, mesmo que as sobreviventes conseguissem repovoar a colônia, a diversidade genética dela seria baixa -como se uma pequena família repovoasse uma cidade. Como a diversidade protege contra novas doenças, os riscos cresceriam.

Para os humanos ingerindo antibióticos, claro, essa amizade toda entre as bactérias é mal negócio. Os cientistas acreditam que seria possível tomar doses menores se a ação da indol fosse barrada.

"Devemos considerar a possibilidade de desenvolver pequenas moléculas que façam isso", diz Collins.

UFRJ vai usar célula-tronco contra asma: Segunda Fase

GIULIANA MIRANDA (Folha.com - Ciência)

Cientistas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) desenvolveram um método para regenerar o pulmão de pacientes com asma --doença respiratória que mata oito brasileiros por dia-- usando células-tronco obtidas da medula óssea.

O anúncio dos testes clínicos da abordagem foi feito na 25ª reunião anual da Fesbe (Federação de Sociedades de Biologia Experimental), em Águas de Lindoia (SP).

A técnica foi testada com sucesso em camundongos, e as primeiras experiências com pacientes devem começar daqui a poucos meses.

O projeto aguarda apenas a liberação do Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), órgão do governo federal que autoriza pesquisas com humanos no país.

"A asma é uma doença relativamente comum e, por isso, costuma ser subestimada. Infelizmente, ela ainda é causa de muitas mortes", afirmou Patrícia Rocco, médica e professora do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da UFRJ.


RECONSTRUÇÃO

Uma das características dos casos de asma grave é a diminuição das células mucosas e ciliadas do pulmão, o que contribui para a redução da capacidade respiratória.

As células-tronco do teste --injetadas no pulmão por meio da traqueia-- conseguiram reconstruir com sucesso essas células.

Aparentemente, tais células-tronco tanto podem produzir substâncias que facilitam essa regeneração quanto, em alguns casos, assumir o papel das células que tinham sumido.

O método também aumentou a capacidade de resistência dos roedores testados, mesmo em situações em que as cobaias foram expostas a substâncias que fazem as vias respiratórias fecharem.

O mesmo grupo de cientistas já tinha conseguido reconstruir o tecido pulmonar em outras doenças: o enfisema e a síndrome do desconforto respiratório agudo.

As pesquisas com a silicose -inflamação pulmonar causada pela inalação de pó de sílica- estão num estágio mais avançado e já demonstraram os primeiros resultados em seres humanos.

Os testes brasileiros, os primeiros a usar esse tipo de terapia contra a doença, começaram no ano passado. Todos os cinco pacientes tiveram melhora significativa na capacidade respiratória.

ESTEIRA

Na avaliação da caminhada na esteira, todos os voluntários conseguiram melhorar o seu desempenho.

"Os tratamentos funcionaram muito bem, mas, pelo número pequeno de pessoas, ainda não temos a comprovação estatística. Estamos confiantes e achamos que isso virá em breve", disse Marcelo Morales, da UFRJ, um dos responsáveis pela coordenação do estudo.

Apesar das respostas positivas, os pesquisadores dizem que a terapia não deve chegar ao público em menos de cinco anos.

"Estamos sendo muito cuidadosos e avaliando as implicações do tratamento em todo o corpo, e não apenas no pulmão. Queremos ter certeza absoluta antes de avançar", afirmou Morales.

RevisãoZONA de Vírus da AIDS: Terceira Fase!

Novo anticorpo neutraliza 91% das variantes de HIV, mostra estudo

DO "WALL STREET JOURNAL"

Cientistas americanos descobriram três potentes anticorpos contra o vírus HIV. O mais potente conseguiu neutralizar 91% das cepas de HIV, mais do que qualquer anticorpo testado até hoje.

Os pesquisadores também identificaram exatamente qual parte do vírus é atacada pelo anticorpo e como ele ataca o local.

Os anticorpos foram descobertos nas células de um homem afroamericano gay de 60 anos, conhecido na literatura científica como "Doador 45", cujo corpo produz os anticorpos naturalmente. Pesquisadores fizeram uma triagem de cerca de 25 milhões de suas células até encontrar 12 que produzem os anticorpos. Agora, a questão é desenvolver vacinas ou outros métodos para possibilitar que qualquer pessoa possa produzi-los.


O desenvolvimento vai exigir muito trabalho, segundo Gary Nabel, líder da pesquisa, publicada na revista "Science", e diretor do Centro de Pesquisas de Vacinas no Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas. "Vamos trabalhar nisso por um bom tempo até que obtenhamos benefícios clínicos."

VACINAS

Os resultados de uma primeira vacina contra HIV foram anunciados no ano passado após um teste na Tailândia. Mas a vacina reduziu as chances de infecção em apenas 30% dos casos, e gerou controvérsias porque em uma análise os resultados não foram estatisticamente significantes.

Anticorpos que são pouco eficientes ou que atacam apenas uma ou duas variantes do vírus são comuns. Até o ano passado, poucos anticorpos capazes de neutralizar um grande número de variantes haviam sido descobertos e nenhum deles neutralizava mais de 40% das cepas conhecidas.

Estrutura do novo anticorpo em azul e verde ligado ao vírus HIV (cinza e vermelho)
Mas recentemente, graças a novos métodos de detecção mais eficientes, meia dúzia de novos anticorpos, incluindo os três novos descritos no artigo da "Science", foram identificados. As novas moléculas são também mais potentes, capazes de neutralizar o vírus em concentrações muito menores que os anteriores.

Alguns dos novos anticorpos atacam diferentes regiões do vírus, aumentando a esperança de que eles poderiam operar em sinergia. Em particular, um anticorpo é capaz de atacar uma ponta do vírus essencial
para sua ligação às células. Mais importante, essa ponta apresenta baixa taxa de mutação, pois o vírus precisa se ligar a uma molécula específica das células humanas.

Um problema potencial no desenvolvimento de vacinas, porém, é que as células do "Doador 45" levam meses para criar os anticorpos. Isso significa que, uma vez desenvolvida, talvez seja necessário aplicar a vacina mais de uma vez para acelerar o processo de imunização.

COQUETEL DE ANTICORPOS

Os pesquisadores planejam testar os novos anticorpos, provavelmente misturados em um coquetel potente, em três grandes vertentes.

Na primeira, os anticorpos poderiam ser administrados em sua forma pura, como uma droga, para prevenir a transmissão do vírus. No entanto, isso seria caro e teria duração limitada, tornando o método adequado apenas para casos específicos, como prevenção de transmissão de mães para filhos durante o parto.

Outra possibilidade é usar os anticorpos para o desenvolvimento de vacinas tradicionais. Nesse caso, versões enfraquecidas de vírus seriam utilizadas para treinar o sistema imune do receptor a reconhecer o invasor e produzir anticorpos.

Como os novos anticorpos contra o HIV são extremamente específicos, agarrando-se firmemente a determinadas regiões do vírus, os cientistas precisam apresentar ao sistema imune uma réplica exata das partes do vírus que o anticorpo deverá atacar. Isso é difícil de fazer; é complicado, por exemplo, manter a réplica no formato adequado. Mas equipes diferentes de pesquisadores estão tentando resolver esse problema.

Por fim, existe a terapia gênica. O prêmio Nobel David Baltimore está trabalhando nessa vertente, com verbas da Fundação Bill e Melinda Gates. Sua equipe no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena (EUA), juntou genes que codificam anticorpos em um vírus não maligno, que depois é injetado em camundongos. Os vírus então infectam células de camundongos, transformando-as em fábricas que produzem os anticorpos, imunizando a pessoa contra o HIV.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Curativo natural para ossos!!

Por: RICARDO MIOTO
DE SÃO PAULO


Um biomaterial desenvolvido por cientistas da Unesp, no interior de São Paulo, promete acabar, no futuro, com a necessidade de placas metálicas para as vítimas de lesões ósseas.

Eles criaram uma estrutura baseada em celulose. A ela são agregados colágeno (proteína que ajuda a sustentar os ossos) e moléculas especializadas em promover o crescimento ósseo. O "curativo", portanto, estimula o osso a se recuperar rápido.

COSTURA E DEIXA

A eficiência da estrutura foi testada em ratos. Com uma broca, os cientistas abriam um furo no fêmur dos animais. Preenchiam, então, a área danificada com o biomaterial, que é bem maleável. "Você o coloca direto no osso, ajeita, costura, fecha e deixa lá", diz Reinaldo Marchetto, bioquímico da Unesp de Araraquara.

Entre uma e duas semanas depois, os animais eram sacrificados, e os cientistas avaliavam se os seus ossos estavam recuperados.

Eles não só estavam inteirões como, ao que tudo indica, o biomaterial tinha sido absorvido pelo corpo -mas os cientistas ainda querem mais estudos para confirmar esse desaparecimento.


"Por enquanto, prefiro dizer apenas que tudo indica que ele seja reabsorvível", diz Sybele Saska, cirurgiã-dentista que é aluna de doutorado de Marchetto e responsável pela pesquisa.

A velocidade da recuperação foi surpreendente, diz Marchetto. "Em condições normais, levaria no mínimo o dobro do tempo, poderia chegar até a 60 dias."

Claro que pequenas perfurações em um osso grande como o fêmur são diferentes das grandes fraturas de um motoqueiro que se esborracha na rua, por exemplo.

Os cientistas, porém, estão entusiasmados. Primeiro porque os ossos de ratos são parecidos com os humanos. Aplicações de menor porte em pessoas, como em leves fraturas no rosto, poderiam vir primeiro, diz Marchetto.

"Hoje você coloca componentes metálicos para promover a regeneração espontânea, e depois precisa fazer uma nova cirurgia para retirá-los. Com o nosso biomaterial, em 15 dias recalcificou, sem precisar abrir de novo."

Testes com humanos devem começar nos próximos anos. O desafio será tratar lesões grandes (como ossos importantes quebrados).

Para isso, os cientistas vão ter de achar um jeito de modelar a membrana de celulose, hoje pequena e muito flexível, em uma estrutura tridimensional maior, mais fixa -assim, ela vai recuperar mais do que pequenos furos.

Saska, que ainda quer ver seu biomaterial no SUS, deseja dedicar seu pós-doutorado a esse próximo passo.

Os cientistas já pediram a patente do biomaterial. Participaram da sua criação também os professores da Unesp Ana Maria Gaspar e Younes Messaddeq, entre outros.

Fonte: Folha Ciência

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vídeo Fecundação: Segunda Fase

Pessoal, um videozinho que mostra o processo da fecundação nos humanos que vimos na aula de hoje, vejam aqui.

A parte final dele vamos começar a ver a partir da próxima semana. Ele apresenta algumas incoerencias, vocês conseguem descobrir quais são?

Até

Nova espécie de macaco "descoberta" na Amazônia

Pessoal, leiam o texto publicado no site do Ciência Hoje para crianças (http://chc.cienciahoje.uol.com.br/) e vamos exercer o espírito crítico:

"Gente, no comando do teclado está a Diná! Tudo bem com vocês? Passei aqui no Blogue do Rex para contar uma novidade: tem bicho novo na Amazônia! É esse fofíssimo macaco zogue-zogue que aparece aí ao lado. Ele foi descoberto na Colômbia, em um estado chamado Caquetá, que fica na fronteira desse país com o Equador e o Peru. Por isso, foi batizado pelos cientistas de Callicebus caquetensis.

Do tamanho de um gato, o zogue-zogue de Caquetá tem pelo marrom acinzentado, uma barba vermelha ao redor das bochechas e uma longa cauda coberta por pelos cinzas. Se você clicar
aqui, pode ouvir o som que a espécie usa pela manhã para anunciar qual é o seu território. Está escutando? Então, anote: os zogue-zogues, também conhecidos no Brasil como guigó ou sauá, produzem um dos chamados mais complexos do reino animal. Machos e fêmeas também costumam formar casais que ficam juntos por um bom tempo. É comum vê-los sentados em um galho de árvore com os rabos entrelaçados!

“Nós tínhamos ouvido falar desse animal, mas por muito tempo não pudemos confirmar se ele era diferente dos outros zogue-zogues. Agora, sabemos que é uma espécie única, e isso mostra a rica variedade de vida que ainda está por ser descoberta na Amazônia”, disse Thomas Defler, um dos três pesquisadores da Universidade Nacional da Colômbia que descobriram a espécie.

Fazia tempo que os cientistas desconfiavam que esse macaco era diferente de todos os outros zogue-zogues que existem. Para você ter uma ideia, em 1976, um especialista em comportamento animal visitou a região e falou pela primeira vez nesse bicho, já sugerindo que ele talvez fosse uma nova espécie. Só que, durante muito tempo, não foi possível visitar a região para tirar a dúvida, por conta da violência. Em 2008, porém, isso mudou e uma expedição foi realizada. Treze grupos de zogue-zogues de Caquetá foram encontrados.

A má notícia, porém, é que se acredita que existam apenas 250 macacos dessa espécie, por conta da destruição das florestas que os abrigam. Isso significa que o zogue-zogue de Caquetá, recém-descoberto, já corre risco de entrar em extinção! Por isso, seus descobridores defendem que ele seja considerado criticamente em perigo e que reservas sejam criadas para protegê-lo. Eu apoio essa ideia. E você?"

Queria que vocês pensassem numa coisa: será que realmente ele foi descoberto só agora? O ser humano tem muito disso né? Dizer que uma coisa só existe quando ele consegue ver ela. Tudo bem, agora nós passamos a conhecer esta nova espécie de macaco, mas isso não quer dizer que antes ela não existia... Mas a notícia não deixa de ser interessante e triste também pela "descoberta" (entre aspas) e quase extinção.


A foto do bichano:


segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Inteligência animal?

Papagaio ladrão planeja passos antes da ação


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DA NEW SCIENTIST

Papagaios-da-Nova-Zelândia (Nestor notabilis) são ladrões famosos no seu país natal. Mesmo uma complicada sequência de fechaduras não consegue deter o gatuno.

Hiromitsu Miyata, da Universidade de Kyoto, no Japão, primeiro apresentou aos papagaios caixas com comida protegidas por três fechaduras tipo ferrolho (sem cadeados).

Os papagaios conseguiram abrir todas as caixas. Miyata então tornou a tarefa mais difícil para o astuto papagaio.


cadeado tipo ferrolho:
A montagem envolveu duas fechaduras com ferrolhos protegendo duas caixas que se bloqueavam, de forma que uma precisaria ser aberta para que a outra também pudesse ser aberta.

Não só a esperta ave conseguiu resolver o problema, mas o resolvia mais rápido quando lhe era dada a chance de "estudar" a montagem.

Isso sugere que o papagaio-da-Nova-Zelândia poderia estar planejando seus movimentos antes de executá-los.
O resultado, publicado no periódico "Animal Cognition", indica que aves são capazes de planejar ações e não agem aleatoriamente como se costumava pensar.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sexo Animal

Esse vai mais pro pessoal da segunda fase! O problema é que os vídeos estão em inglês, sem legenda! Mas é possível acompanhar com atenção!

Fonte: http://cienciaeideias.blogspot.com

Isabella Rossellini remete a filmes como "Veludo azul". Pois a bela atriz italiana anda envolvida em projetos bem diferentes: ouvi hoje uma entrevista na NPR (em inglês, assim como tudo o que vou recomendar aqui) em que ela conta sobre o "Green porno" (clique no título para ver os vídeos).

"Sempre gostei de comportamento animal", diz ela. Mas como as pessoas têm preferência por um aspecto do comportamento - o sexo - ela resolveu usar esse tema para uma série de filmes sobre animais marinhos e invertebrados.

Prepare-se para ver Isabella andando em meio a uma floresta de pênis gigantes feitos de papel, com diversas cores e formas, explicando sobre o encaixe necessário com vaginas específicas; vestida de baleia macho com uma ereção de dois metros; como estrela-do-mar que dá origem a outras isabellas ao perder um braço e uma perna (por isso não precisa de pênis); como uma craca que se transforma de macho em fêmea e vice-versa (foto); um peixe de águas profundas, narigudo para farejar a fêmea na qual se finca e se transforma num apêndice sexual. Essa é a segunda temporada, a marítima.


Na temporada terrestre ela aparece como um aranho cheio de olhos que se aproxima com todo cuidado da teia para evitar ser devorado; uma mosca que escapa com facilidade de uma jornalada, cospe na comida para digerir antes de sugar e admira suas larvas crescendo num cadáver, uma minhoca hermafrodita que copula em posição 69, um caramujo sado-masoquista armado de vagina, pênis e dardos e um zangão que não faz nada até precisar lutar pela abelha.


Nessa maravilhosa série que merece alguém que lhe ponha legendas, Isabella Rossellini põe a serviço da divulgação de ciência todo o seu talento, sua malícia, sua sensualidade. Cansada do ecopoliciamento, ela prefere maravilhar e divertir as pessoas a ponto de que, quem sabe, queiram proteger a natureza.


quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Significado de um paradoxo: O misterioso "peixe humao"

Principalmente para a Terceira Fase: Vejam só a classificação deste organismo bizarro. E aqui vocês têm um exemplo de paradoxo! A biologia tem dessas esquisitices inexplicáveis (mas explicáveis), também. Podem pesquisar mais sobre a espécie!

por Larissa Rangel
Ciência Hoje On-line (10/08/10)















A pele rosada e o corpo em formato tubular garantiram ao proteus a aparência bizarra e o apelido de ‘peixe humano’ (foto: CNRS).

O proteus (Proteus anguinus) é um anfíbio cego que vive nas águas subterrâneas de cavernas do sul da Europa. Por conta de sua pele rosada e sua forma tubular, ganhou o apelido de ‘peixe humano’. O seu nome, inspirado na mitologia grega, remete ao deus marinho que possuía cabeça e tronco humanos e o resto do corpo em forma de serpente – assim como a salamandra.

Mas não é apenas sua aparência que vem despertando a curiosidade dos cientistas. O ecólogo Yann Voituron, da Universidade Claude Bernard, na França, acaba de lançar um artigo no periódico Biology Letters levantando possíveis razões para a impressionante longevidade do animal – que pode chegar aos 100 anos.

O proteus pertence à ordem Caudata, família dos Proteídeos, gênero Proteu. É a única espécie de seu gênero, e o único representante europeu da família dos Proteídeos.

Segundo Voituron, a espécie vem sendo estudada há cinquenta anos numa caverna artificial que imita seu habitat com fidelidade. O objetivo era evitar caçá-la, já que é tão rara. Na época, os primeiros indivíduos do ambiente tinham 10 anos de idade. “Hoje, com 60 anos, as salamandras aquáticas não apresentam qualquer sinal de velhice”, garante o pesquisador.


Mistério da longevidade

Em geral, há uma relação direta entre a massa e a expectativa de vida de um animal, como indica o fato de que um elefante consegue atingir muitos anos a mais que um rato. Segundo Voituron, de acordo com essa lógica, o proteus deveria pesar 35 quilos – e não apenas suas 20 gramas.

O paradoxo não para por aí. O metabolismo do animal não é tão lento assim, o que poderia favorecer a vida longa; e ele também não possui nenhum sistema de proteção antioxidante. Sua longevidade poderia, então, ser explicada pela falta de predadores, que torna sua sobrevivência muito mais fácil – mas não a ponto de estender sua sobrevida a um século.

Outro ponto observado pela equipe é a vida preguiçosa do ‘peixe humano’. Ele come apenas uma vez por mês e não precisa correr para fugir e, dessa forma, consegue manter sua taxa metabólica estável.

A terceira teoria, a novidade introduzida no artigo, está relacionada à funcionalidade das mitocôndrias, área de estudo de Voituron.

A sugestão é de que os proteus conseguem produzir mais energia celular com menos oxigênio, a partir de um mecanismo extra-eficiente, que emite poucos radicais livres. “Ao produzir mais energia, desprendendo menos radicais livres, é possível evitar o envelhecimento”, explica o pesquisador.

Ainda este ano, sua equipe pretende realizar experimentos com o apoio de gerontologistas, que estudam fenômenos do envelhecimento humano. Porém, Voituron ressalta: “Ainda há muito a entender sobre esse misterioso animal, e nós temos mais perguntas que respostas quanto aos reais motivos de sua vida tão longa”.


sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Pra que serve o sexo?

Este tópico vai pra segunda fase, mas se o pessoal da terceira se interessar, pode acompanhar também! Como falei na aula, deixo um texto que fala sobre as vantagens e desvantagens da utilização da reprodução sexuada e assexuada pelos diferentes tipos de organismos durante a evolução biológica. Fica como material para discussão na próxima aula.
O texto está neste link
Também coloquei na seção da Segunda Fase a próxima aula e a primeira lista de exercícios para vocês resolverem até o dia em que temos duas aulas seguidas.
E aqui, tem um vídeo mostrando a divisão das planárias.
Bom fim de semana a todos!

domingo, 25 de julho de 2010

Bem Vindos!

Olá pessoal! Mais um semestre começando...Pra vocês, mais uma oportunidade de conhecer o incrível mundo da Biologia que está em nós o tempo todo! Só precisamos ter olhos pra enxergar, corpo pra sentir, ouvidos pra ouvir, nariz pra cheirar, etc...
Pra mim, um novo momento de conhecê-los melhor, e também aprender!
Bom, este vai ser o espaço em que colocarei as aulas que tivermos, material usado, curiosidades, dicas de filmes, notícias, e tudo que achar interessante (e isso pode ser muuuita coisa). Estejam a vontade também pra opiniar, criar, inventar!
Ah, arte é muito bem vinda!
Até as aulas!
Prof. Eduardo Silveira