Há algum tempo comecei uma série de postagens celebrando o corpo humano em suas mais diversas expressões. Acho interessante resgatar as publicações e produzir outras na mesma lógica, afinal, o corpo é nossa primeiro espaço de vivência e experiência do mundo. Então.... Vamos celebrá-lo! :)
Onde está a beleza do corpo humano? Cientificamente talvez esteja na sua plena e complexa precisão.
De fato, a precisão de funcionamento do organismo humano - e de forma geral da vida -, é digna das mais profunda admiração.
Mas não é só a ciência que celebra a beleza do corpo humano não, gente. A arte também faz isso de maneira muito admirável.
Vou trazer alguns exemplos de arte que celebra o corpo humano. Para começar, uma série do fotógrafo francês Julien Palast.
Ele apresenta na série de fotografias "SkinDeep", uma celebração da geografia do corpo humano com suas curvas, desvios e depressões. São corpos que parecem querer fugir dessa membrana multicolorida que os aprisiona. Mas nessa tentativa frustrada de escapar, acabam deixando belíssimas marcas orgânicas de suas biológicas formas.
As cores vibrantes em technicolor, criam uma atmosfera ambígua de luz e sombra, evidenciando algumas partes, escondendo outras. E, além disso, fornecem movimento às imagens.
É a imagem do corpo celebrada em sua forma plena e bela, para além de imposições da moda e da saúde a todo custo.
É inevitável reconhecer que o ato
de dançar não é uma exclusividade humana. O próprio dicionário Michaelis, no
caso, define o ato de dançar como: "Sequência de movimentos
estereotipados, mais ou menos rítmicos, executados habitualmente por um animal
em resposta a um estímulo particular". Poderíamos pensar na dança como uma
consagração do ritmo que nos une a todos, seres vivos. Ritmos que movimentam
nossos fluídos, que criam enxurradas dentro de nossas células, que bombeiam
nosso sangue, nos fazem respirar como também envelhecer.
É verdade quer há uma potência na
dança. Nesse ato aparentemente banal de movimentar o corpo de um lado para o
outro, movidos por uma intenção interna. A intenção que mobiliza essa potência
pode ser reprodutiva, como no caso da grande maioria dos animais. (Dá uma
espiada nas aves e escorpiões dos vídeos aí na sequência).
Várias cavalinhas. Os caules longos e retos
Porém, quando a intenção da dança
não repousa na possibilidade da atração de um parceiro para a reprodução ela se
transforma em arte. E aí, será que podemos pensar em outros seres vivos
dançarinos que não sejam da espécie Homo
sapiens? Se você acha que não, assista ao vídeo abaixo que mostra a
inusitada dança dos esporos de uma planta, a Cavalinha. A cavalinha é uma planta
que guarda em sua existência características muito interessantes. Ela pertence ao
gênero Equisetum. Esse gênero é o
único na família Equisetaceae, a
qual, por sua vez, é a única família da ordem Equisetales e da classe Equisetopsida,
que pertence à divisão Pteridophyta.
O gênero Equisetum um grupo de
exclusividades. Dentro dele estão diversas espécies que comumente são chamadas
de Cavalinhas. São plantas bem diferentes. Segue o 3x4 da moça ao lado.
Detalhe das minúsculas folhas.
Possuem folhas muito reduzidas e
um caule verde (fotossintético), oco e com diversas juntas e estrias. Apresentam
estróbilos nas extremidades onde estão os esporos usados na sua reprodução. São
plantas muito antigas, surgiram há aproximadamente 300 milhões de anos, o que
as coloca como uma das primeiras plantas a habitar o planeta! Algumas das
espécies podem crescer muito como a Equisetum
giganteum chegando a cinco metros de altura! Além disso, a cavalinha tem
muitas propriedades medicinais.
Por apresentar grande quantidade de minerais e
silício em sua composição, é reconhecido seu potencial na recuperação de
fraturas e cortes nos ossos, carne e cartilagem, como também pode melhorar o
tempo de coagulação do sangue. O alto teor de sílica também fortalece os
tecidos conjuntivos do corpo e beneficia pacientes no tratamento de artrite
reumatóide. A cavalinha também pode ser uma considerável influência benéfica
contra problemas brônquicos, reumatismo e gota. Inclusive a cavalinha (espécie Equisetum arvense) faz parte da Relação
Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de
espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de
gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.
Detalhe dos estróbilos contendo os esporos
Mas o que eu gostaria de
enfatizar (além de todo esse floreio biológico interessante e também importante)
é a capacidade artística da Cavalinha. Sim! Há poucos dias encontrei um vídeo
que mostrava os esporos da cavalinha em uma bela e coreografada dança. Os
esporos possuem longos prolongamentos que, em clima úmido, permanecem acoplados
ao esporo. Porém, quando a umidade do ar diminui, essas "pernas" se
esticam e promovem um belíssimo movimento que lembra uma partitura de dança
contemporânea.
Como não perceber a assinatura
artística nesse movimento fluído e intenso? Com certeza os esporos da cavalinha
não dançam com a mesma intencionalidade que um animal na sua saga reprodutiva,
ou como um ser humano em sua atitude estética, mas é, sem dúvida, uma bela
dança que me leva a convidar? Vamos dançar?
Sugiro os vídeos abaixo pra encher
o corpo de vontade, os músculos de sangue e o coração de ritmo. Que tal
improvisar uma dança pelo simples prazer de...
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Posted by 무용과 on Domingo, 26 de janeiro de 2014
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Posted by 무용과 on Segunda, 21 de outubro de 2013