domingo, 29 de novembro de 2015

Celebração do corpo humano I

Pessoal,

Há algum tempo comecei uma série de postagens celebrando o corpo humano em suas mais diversas expressões. Acho interessante resgatar as publicações e produzir outras na mesma lógica, afinal, o corpo é nossa primeiro espaço de vivência e experiência do mundo. Então.... Vamos celebrá-lo! :)

Onde está a beleza do corpo humano? Cientificamente talvez esteja na sua plena e complexa precisão. 

De fato, a precisão de funcionamento do organismo humano - e de forma geral da vida -,  é digna das mais profunda admiração.

Mas não  é só a ciência que celebra a beleza do corpo humano não, gente. A arte também faz isso de maneira muito admirável.

Vou trazer alguns exemplos de arte que celebra o corpo humano. Para começar, uma série do fotógrafo francês Julien Palast.


Ele apresenta na série de fotografias "SkinDeep", uma celebração da geografia do corpo humano com suas curvas, desvios e depressões. São corpos que parecem querer fugir dessa membrana multicolorida que os aprisiona. Mas nessa tentativa frustrada de escapar, acabam deixando belíssimas marcas orgânicas de suas biológicas formas.

As cores vibrantes em technicolor, criam uma atmosfera ambígua de luz e sombra, evidenciando algumas partes, escondendo outras. E, além disso, fornecem movimento às imagens.

É a imagem do corpo celebrada em sua forma plena e bela, para além de imposições da moda e da saúde a todo custo.




















domingo, 8 de novembro de 2015

Vamos dançar?

É inevitável reconhecer que o ato de dançar não é uma exclusividade humana. O próprio dicionário Michaelis, no caso, define o ato de dançar como: "Sequência de movimentos estereotipados, mais ou menos rítmicos, executados habitualmente por um animal em resposta a um estímulo particular". Poderíamos pensar na dança como uma consagração do ritmo que nos une a todos, seres vivos. Ritmos que movimentam nossos fluídos, que criam enxurradas dentro de nossas células, que bombeiam nosso sangue, nos fazem respirar como também envelhecer.

É verdade quer há uma potência na dança. Nesse ato aparentemente banal de movimentar o corpo de um lado para o outro, movidos por uma intenção interna. A intenção que mobiliza essa potência pode ser reprodutiva, como no caso da grande maioria dos animais. (Dá uma espiada nas aves e escorpiões dos vídeos aí na sequência).


Várias cavalinhas. Os caules longos e retos
Porém, quando a intenção da dança não repousa na possibilidade da atração de um parceiro para a reprodução ela se transforma em arte. E aí, será que podemos pensar em outros seres vivos dançarinos que não sejam da espécie Homo sapiens? Se você acha que não, assista ao vídeo abaixo que mostra a inusitada dança dos esporos de uma planta, a Cavalinha. A cavalinha é uma planta que guarda em sua existência características muito interessantes. Ela pertence ao gênero Equisetum. Esse gênero é o único na família Equisetaceae, a qual, por sua vez, é a única família da ordem Equisetales e da classe Equisetopsida, que pertence à divisão Pteridophyta. O gênero Equisetum um grupo de exclusividades. Dentro dele estão diversas espécies que comumente são chamadas de Cavalinhas. São plantas bem diferentes. Segue o 3x4 da moça ao lado.

Detalhe das minúsculas folhas.
Possuem folhas muito reduzidas e um caule verde (fotossintético), oco e com diversas juntas e estrias. Apresentam estróbilos nas extremidades onde estão os esporos usados na sua reprodução. São plantas muito antigas, surgiram há aproximadamente 300 milhões de anos, o que as coloca como uma das primeiras plantas a habitar o planeta! Algumas das espécies podem crescer muito como a Equisetum giganteum chegando a cinco metros de altura! Além disso, a cavalinha tem muitas propriedades medicinais.

Por apresentar grande quantidade de minerais e silício em sua composição, é reconhecido seu potencial na recuperação de fraturas e cortes nos ossos, carne e cartilagem, como também pode melhorar o tempo de coagulação do sangue. O alto teor de sílica também fortalece os tecidos conjuntivos do corpo e beneficia pacientes no tratamento de artrite reumatóide. A cavalinha também pode ser uma considerável influência benéfica contra problemas brônquicos, reumatismo e gota. Inclusive a cavalinha (espécie Equisetum arvense) faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.
Detalhe dos estróbilos contendo os esporos

Mas o que eu gostaria de enfatizar (além de todo esse floreio biológico interessante e também importante) é a capacidade artística da Cavalinha. Sim! Há poucos dias encontrei um vídeo que mostrava os esporos da cavalinha em uma bela e coreografada dança. Os esporos possuem longos prolongamentos que, em clima úmido, permanecem acoplados ao esporo. Porém, quando a umidade do ar diminui, essas "pernas" se esticam e promovem um belíssimo movimento que lembra uma partitura de dança contemporânea.



Como não perceber a assinatura artística nesse movimento fluído e intenso? Com certeza os esporos da cavalinha não dançam com a mesma intencionalidade que um animal na sua saga reprodutiva, ou como um ser humano em sua atitude estética, mas é, sem dúvida, uma bela dança que me leva a convidar? Vamos dançar?

Sugiro os vídeos abaixo pra encher o corpo de vontade, os músculos de sangue e o coração de ritmo. Que tal improvisar uma dança pelo simples prazer de... 

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Posted by 무용과 on Domingo, 26 de janeiro de 2014


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Posted by 무용과 on Segunda, 21 de outubro de 2013

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Dançar pela vida!!

Referências:

- Dicionário Michaelis
- Equisetum
- Cavalinha: benefícios e propriedades medicinais